Sindicato Rural de Portel
continua nas mãos dos madeireiros. A eleição aconteceu na última quinta-feira,
4, quando a presidente Gracionice Costa foi reconduzida ao cargo para mais
quatro anos de mandato.
Gracionice é do ramo madeireiro e
descende de família de madeireiros, fato que é notório um comando da entidade
de trabalhadores rurais pelas mãos de gente que é genuinamente madeireiro.
Se for mesmo pra falar a verdade,
o próprio ex-vice Cametá, cujo nome verdadeiro é Francisco Rodrigues de Melo,
também é do ramo madeireiro e há muito abandonou a prática da agricultura.
Não é estranho falar que pelos
corredores e salas do sindicato transitam madeireiros como o vereador Manoel
Maranhense, que se tornou um constante visitante da entidade quando o assunto é
madeira. Nos últimos anos, Manoel Maranhense tem tomado a frente das campanhas
para os atuais enfileirados da governança municipal.
No passado, o ex-presidente do
STTR, Teofro Lacerda também andava de mãos dadas com o governo de Pedro
Barbosa, do qual foi assessor especial. A ex-diretora de finanças Maria Miranda
também estava na lista de Pedro Barbosa, conforme documento recebido pelo blog
Educadores de Portel e amplamente divulgado.
Ao lado de Gracionice, que é a
atual presidente reeleita, está o filho de um agricultor ligado ao PT, jovem
conhecido como Oséias que além de ocupar o cargo de vice na presente gestão
também vai acumular o cargo de diretor da juventude. Substituiu o filho da Vanica,
Odivan Corrêa.
Vanica deixou a entidade porque
os órgãos superiores determinaram que a entidade deveria votar uma emenda no
estatuto do sindicato para prevenir parentes da presidente. Assim, como Vanica
se tornou sogra de Gracionice (casada com Odivan), ela estaria impossibilitada
de assumir quaisquer cargos dentro da instituição, com base na lei do
nepotismo. Apesar dessa pressão, o dispositivo está longe de ser cumprido e
válido para todos. Isso vamos ver ao longo dos próximos anos.
No entendimento de intelectuais
próximos a Vanica, a proibição foi usada como um subterfúgio para afastar a
atuante defensora da agricultura e, por trás de toda essa trama, estaria
madeireiros que operam na ilegalidade e querem usar o sindicato como uma arma
para esconder a podridão do desmatamento que afeta diariamente as florestas do
município de Portel.
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